Havia um rapaz, há alguns anos atrás (e não muitos), que para fazer algo que envolvesse perguntar coisas a outras pessoas, ou o fazia pela calada, ou tinha de ir com alguém para se desenrascar. É verdade... eu era assim. Hoje, as coisas mudaram quase que radicalmente e o que vos conto a seguir é prova disso (julgo eu).
Andavamos nós pelas ruas de Tallinn ainda antes de almoço, quando uma das minhas amigas começa a dizer que se sente algo apertada para ir à casa de banho. Ninguém fez grande caso da coisa e o passeio continuou. Cinco minutos depois, volta a fazer o mesmo comentário. E a partir daí passou a ser quase de 30 em 30 segundos. Cafés à nossa volta era coisa que não havia. Mas havia algo que me fez pegá-la pelo braço e ir bater à porta de uma casa vizinha. Uma bandeira de Portugal hasteada na varanda despertou-me a atenção, e havia uma placa na parede que dizia "Consulado de Portugal".
E eis que o mesmo timido Bruno de antigamente bate à porta, e um rapaz pouco mais novo que eu espreita por entre a porta, e eu digo "Olá!". E passadas as introduções lá pedi se a pobre rapariga podia usar a casa de banho. Com um sorriso, disse-me que um português será sempre bem vindo naquela casa, e encaminhou-a à casa de banho. Restou-me agradecer pela amabilidade que os nossos compatriotas manifestam habitualmente. Muito simpático o rapazote! Ela lá se aliviou e toda contente, lá fomos o resto do caminho a rir da situação.
Mas hoje que penso nisto, só espero que a ocasião não tenha trazido nenhuns problemas para o rapaz. Como as coisas andam recentemente por esse mundo fora, bater à porta dum consulado ou embaixada só para ir à casa de banho, pode parecer algo suspeito. Ainda assim, se um amigo precisa de ajuda só para uma "mijinha", porque não dar uma mão?
Bem haja e... até breve!
Andavamos nós pelas ruas de Tallinn ainda antes de almoço, quando uma das minhas amigas começa a dizer que se sente algo apertada para ir à casa de banho. Ninguém fez grande caso da coisa e o passeio continuou. Cinco minutos depois, volta a fazer o mesmo comentário. E a partir daí passou a ser quase de 30 em 30 segundos. Cafés à nossa volta era coisa que não havia. Mas havia algo que me fez pegá-la pelo braço e ir bater à porta de uma casa vizinha. Uma bandeira de Portugal hasteada na varanda despertou-me a atenção, e havia uma placa na parede que dizia "Consulado de Portugal".
E eis que o mesmo timido Bruno de antigamente bate à porta, e um rapaz pouco mais novo que eu espreita por entre a porta, e eu digo "Olá!". E passadas as introduções lá pedi se a pobre rapariga podia usar a casa de banho. Com um sorriso, disse-me que um português será sempre bem vindo naquela casa, e encaminhou-a à casa de banho. Restou-me agradecer pela amabilidade que os nossos compatriotas manifestam habitualmente. Muito simpático o rapazote! Ela lá se aliviou e toda contente, lá fomos o resto do caminho a rir da situação.
Mas hoje que penso nisto, só espero que a ocasião não tenha trazido nenhuns problemas para o rapaz. Como as coisas andam recentemente por esse mundo fora, bater à porta dum consulado ou embaixada só para ir à casa de banho, pode parecer algo suspeito. Ainda assim, se um amigo precisa de ajuda só para uma "mijinha", porque não dar uma mão?
Bem haja e... até breve!