quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Mas porquê?

Esta não posso deixar passar!
No edifício do laboratório onde me encontro, existe um ginásio no 15º andar (o prédio não é grande, simplesmente o rés do chão começa no número 9, vá-se lá saber porquê) ao qual tento desde a semana passada ir regularmente. Não se trata de nenhum ginásio topo de gama, mas tem maquinaria suficiente para um colega meu parecer um armário(zinho), assim como uma bela sauna. Enfim, a história é mesmo outra. Nunca me deparei com nenhuma situação destas pelos locais por onde já passei (que também não foram assim tantos). Mas encontrar uma fralda esquecida (usada?) sobre o banco do balneário, num ginásio que apenas serve as pessoas que trabalham no edifício, e que na sua grande maioria são investigadores/cientistas, eu me pergunto... mas porquê?
Não havia necessidade, pois não? Serão os suecos assim tão dignos de serem respeitados e/ou de serem colocados no topo de uma hierarquia que classifica o civismo das populações?

E já agora... Ora então muito obrigado... oh Zé Pedro!!
Ontem que fazia um friozinho de rachar, com temperaturas negativas, ficaste-te só pelo frio e nada de chuva, que cairia tão bem nestas terras suecas camuflada de neve! Mas hoje... hoje que a temperatura subiu, lá te lembraste de trazer a chuva durante todo o dia, não é? Pois muito obrigado... e volta sempre! :p

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Recepção com neve

Este era o estado do pátio de minha casa quando cheguei a Lund, ontem à noite. Bonito, não?! Hoje acordei e praticamente já tinha tudo desaparecido. "Enfim", pensei eu. "Pode ser que neve outra vez daqui a uns dias".
Mas o dia esteve como de costume: frio e embrulhado, sem nada de especial. Entreti-me pelo laboratório de manhã, saí à hora de almoço para comprar qualquer coisa para trincar, e voltei para o quentinho do laboratório o resto da tarde.
Quando me deu na cabeça em ir para casa já era de noite, pois 'tá claro. Coloco o cachecol, visto o casaquinho e vou preparando as luvas à medida que me dirijo para a porta do edifício. Abre-se a porta e... PUFF! Tudo branquinho da neve! Caiu tão silenciosa durante a tarde que ninguém no laboratório deu por ela.

A fina camada de gelo que normalmente cobre o assento da minha bicicleta tinha sido substituída por dois dedos de neve. Estão a imaginar a minha cara de felicidade? Desci a rua do laboratório, e as outras duas que me levam a casa todos os dias, e só pensava em colocar as mãos na minha máquina e captar aquele momento. Infelizmente começou a pingar enquanto me dirigia para casa, e a neve foi lentamente sendo trocada pelo gelo. Como se não bastasse, a diferença de altura entre a zona do laboratório e a minha casa é, aparentemente, bastante para que a intensidade do “nevão” seja também ele diferente. Já não havia neve suficiente que valesse a pena fotografar, por isso deixo-vos apenas este meu testemunho escrito. Ainda assim foi bem giro!

Pode parecer uma conversa da treta, mas para um rapazote nascido e criado nas planícies alentejanas… isto não é coisa que se veja todos os dias!